quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ao meu pai


A ti te devo o gosto pelas palavras
O prazer do silêncio na leitura de um livro
O amor pela evasão através da música
E o fascínio por olhar os céus

A ti te devo a inquietude 
O inconformismo perante o mediano
E a superfície das coisas

A ti te devo, pai,
O sabor dos abraços
O aconchego de um olhar
E a necessidade da utopia

Por tudo isto
E por tanto mais
Pai,
Fazes-me falta.

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