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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Para ti...

O que há cá dentro


Há vulcões em erupção

Interrogações

Que flutuam no tempo

Sem resposta


Há saudade

Saudade do cheiro e do abraço

De alguém que me deu forma

E há estilhaços

E feridas que ficaram depois da perda


Há despojos por deitar fora

Detritos

Restos de guerras de outrora


E há ainda

Sobretudo

Um infinito amor

Uma vontade que pulsa

Incontrolável

Por vos ver


Um porto de abrigo

Que acalma as feridas

E me abraça,

Generoso


Há este amor

Que me dá vida

Tão intenso, mas sereno

Que não cabe em lado nenhum

Por ser tão grande

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ao meu pai


A ti te devo o gosto pelas palavras
O prazer do silêncio na leitura de um livro
O amor pela evasão através da música
E o fascínio por olhar os céus

A ti te devo a inquietude 
O inconformismo perante o mediano
E a superfície das coisas

A ti te devo, pai,
O sabor dos abraços
O aconchego de um olhar
E a necessidade da utopia

Por tudo isto
E por tanto mais
Pai,
Fazes-me falta.